terça-feira, 27 de setembro de 2011

Primavera x economia de água no seu jardim.


A água é um bem precioso e necessário em vários aspetos do nosso quotidiano, nomeadamente no que toca à rega do jardim. De forma a encontrar um equilíbrio entre não desperdiçar água, ser amigo do ambiente e ainda assim assegurar os níveis de água essenciais para um jardim saudável, aprenda a regar o jardim de uma forma mais verde.
  1. Tenha sempre alguns baldes disponíveis para dispersar pelo exterior da casa nos dias de chuva, recolhendo assim vários litros de água que podem ser utilizados para regar o jardim. A isto chama-se reciclar água!
  2. Regar o jardim de uma forma amiga do ambiente nem sempre implica a água em si, mas antes diferentes técnicas de jardinagem que podem poupar água de forma significativa. Por exemplo, controlar e eliminar sistematicamente as ervas daninhas é fundamental porque estas facilmente se apoderam da água utilizada para regar o jardim. No mesmo sentido, a aplicação de compostagem na terra desacelera a evaporação da água, mantém a superfície do solo fresca e ainda previne contra o aparecimento de ervas daninhas.
  3. Aproveite para reutilizar a água que consome e que pode facilmente acumular dentro de casa: água utilizada para lavar fruta e legumes, água utilizada para cozer alimentos, quando despeja o bebedouro de um animal de estimação ou limpa um aquário, enquanto espera que a água aqueça para o duche, a água que se acumula nos desumidificadores ou ar condicionados… cada gota pode ser aproveitada para regar o jardim de uma maneira muito ecológica.
  4. Se tem um sistema de rega – ou mesmo que utilize algo tão tradicional como uma mangueira ou regador manual – certifique-se que o sistema de rega está em perfeitas condições, ou seja, sem fugas! No caso dos sistemas de rega automática, é importante verificar que a sua localização ou disposição não está a lançar água para fora do jardim, em direção ao pavimento, por exemplo. É uma das formas mais verdes de regar e conservar água!
  5. Sejam plantas, flores, fruta ou legumes, escolha sempre espécies que se adequam à região e às condições climatéricas onde serão plantadas. Para além disso, plante apenas produtos nas épocas certas. Se optar por contrariar estas recomendações, o jardim pode não florescer e toda a água gasta na sua rega terá sido em vão.
  6. Informe-se acerca das espécies que pretende ter no jardim para que na hora de as plantar possa juntar aquelas espécies com necessidades semelhantes ou iguais em termos de rega, poupando assim o bem precioso que é a água.
  7. Sempre que a água começar a “empapar” ou a escorrer do solo, pode terminar a rega – o seu jardim já está hidratado e não necessita de mais água! Saiba que grande parte das plantas morre de excesso e não da falta de água.
  8. Regue o jardim sempre de manhã, para evitar a evaporação repentina da água e nunca em dias de muito vento, pelos mesmos motivos.
  9. Poupar água e conseguir uma rega ecológica também passa por regar menos vezes, mas de forma mais demorada e em profundidade, para que a água se infiltre bem no solo, necessitando assim de menos regas.
  10. Se tiver dificuldade em determinar se o jardim necessita ou não de ser regado, pode recorrer a um medidor de humidade do solo ou simplesmente cavar um pequeno buraco de cerca de 15cm no jardim para verificar os níveis de água. Assim, vai regar apenas quando for realmente necessário e evitar o desperdício de água –o planeta agradece!

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Beddington, o bairro sustentável



Imagine um bairro completamente sustentável, planejado para causar o mínimo impacto possível no meio ambiente. Energia, água, transportes, edifícios… tudo elaborado para reduzir  a emissão de carbono na atmosfera.

Esse lugar existe: Beddington está localizado ao sul de Londres, na Inglaterra, e foi desenhado pelo arquiteto Bill Dunster em 1999. O bairro possui 100 unidades, 220 habitantes e diversas medidas práticas e baratas para tornar o consumo humano mais eficiente.

A fim de amenizar o frio inglês, por exemplo, as residências foram construídas com isolamento térmico, que armazena calor. Com isso, a energia utilizada com o aquecimento corresponde a 10%  de uma casa normal.
A economia de água, claro, também faz parte do cotidiano de Beddington: coletada nos telhados, a chuva é utilizada para a descarga dos banheiros. As máquinas de lavar roupas também são mais econômicas. Assim, o consumo diário de água por habitante é de 60 litros, enquanto a média da Inglaterra varia em torno de 150 litros.

Além de tudo isso, 60% dos resíduos são reciclados, 86% dos alimentos consumidos são orgânicos e 49% dos moradores utilizam a bicicleta como principal meio de transporte.

O bairro faz tanto sucesso que virou inspiração para arquitetos de outros países, como China, Portugal e França: “Não existe diferença entre esse projeto e uma casa normal. A não ser pela vontade de fazer assim”, garante Bill Dunster.

Tomar que esta moda pegue, não é?

fonte: http://www.sustentabilidade.org.br

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Roubo de água no rio Amazonas


Depois de sofrer com a biopirataria, com o roubo de minérios e madeiras nobres, agora a Amazônia está enfrentando o tráfico de água doce. Uma nova modalidade de saque aos recursos naturais denominada hidropirataria. Cientistas e autoridades brasileiras foram informadas que navios petroleiros estão reabastecendo seus reservatórios no Rio Amazonas antes de sair das águas nacionais. Porém a falta de uma denúncia formal tem impedido a Agência Nacional de Águas (ANA), responsável por esse tipo de fiscalização, de atuar no caso.

Enquanto as grandes embarcações estrangeiras recriam a pirataria do Século 16, a burocracia impede o bloqueio desta nova forma de saque das riquezas nacionais.

Ivo Brasil, Diretor de Outorga, Cobrança e Fiscalização da Agência Nacional de Águas, sabe desta ação ilegal; contudo, aguarda uma denúncia oficial chegar à entidade para poder tomar as providências necessárias. “Só assim teremos condições legais para agir contra essa apropriação indevida”, afirmou.

O dirigente está preocupado com a situação. Precisa, porém, dos amparos legais para mobilizar tanto a Marinha como a Polícia Federal, que necessitam de comprovação do ato criminoso para promover uma operação na foz dos rios de toda a região amazônica próxima ao Oceano Atlântico. “Tenho ouvido comentários neste sentido, mas ainda nada foi formalizado”, observa.

A defesa das águas brasileiras está na Constituição Federal, no Artigo 20, que trata dos Bens da União. Em seu inciso III, a legislação determina que rios e quaisquer correntes de água no território nacional, inclusive o espaço do mar territorial, é pertencente à União.

Isto é complementado pela Lei 9.433/97, sobre Política Nacional de Recursos Hídricos, em seu Art. 1, inciso II, que estabelece ser a água um recurso limitado, dotado de valor econômico. E ainda determina que o poder público seja o responsável pela licença para uso dos recursos hídricos, “como derivação ou captação de parcela de água”. O gerente do Projeto Panamazônia, do INPE, o geólogo Paulo Roberto Martini, também tomou conhecimento do caso em conversa com técnicos de outros órgãos estatais. “Têm nos chegado diversas informações neste sentido, infelizmente sempre estão tirando irregularmente algo da Amazônia”, comentou o cientista, preocupado com o contrabando.

Os cálculos preliminares mostram que cada navio tem se abastecido com 250 milhões de litros. A ingerência estrangeira nos recursos naturais da região amazônica tem aumentado significativamente nos últimos anos.
Águas amazônicas

Seja por ação de empresas multinacionais, pesquisadores estrangeiros autônomos ou pelas missões religiosas internacionais. Mesmo com o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM) ainda não foi possível conter os contrabandos e a interferência externa dentro da região.

A hidropirataria também é conhecida dos pesquisadores da Petrobras e de órgãos públicos estaduais do Amazonas. A informação deste novo crime chegou, de maneira não oficial, ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), órgão do governo local. “Uma mobilização até o local seria extremamente dispendiosa e necessitaríamos do auxílio tanto de outros órgãos como da comunidade para coibir essa prática”, reafirmou Ivo Brasil. A captação é feita pelos petroleiros na foz do rio ou já dentro do curso de água doce. Somente o local do deságüe do Amazonas no Atlântico tem 320 km de extensão e fica dentro do território do Amapá. Neste lugar, a profundidade média é em torno de 50 m, o que suportaria o trânsito de um grande navio cargueiro. O contrabando é facilitado pela ausência de fiscalização na área.

Hidro ou biopirataria?
O diretor de operações da empresa Águas do Amazonas, o engenheiro Paulo Edgard Fiamenghi, trata as águas do Rio Negro, que abastece Manaus, por processos convencionais. E reconhece que esse procedimento seria de baixo custo para países com grandes dificuldades em obter água potável. “Levar água para se tratar no processo convencional é muito mais barato que o tratamento por osmose reversa”, comenta.

O avanço sobre as reservas hídricas do maior complexo ambiental do mundo, segundo os especialistas, pode ser o começo de um processo desastroso para a Amazônia. E isto surge num momento crítico, cujos esforços estão concentrados em reduzir a destruição da flora e da fauna, abrandando também a pressão internacional pela conservação dos ecossistemas locais.

Entretanto, no meio científico ninguém poderia supor que o manancial hídrico seria a próxima vítima da pirataria ambiental. Porém os pesquisadores brasileiros questionam o real interesse em se levar as águas amazônicas para outros continentes. O que suscita novamente o maior drama amazônico, o roubo de seus organismos vivos. “Podem estar levando água, peixes ou outras espécies e isto envolve diretamente a soberania dos países na região”, argumentou Martini.

Em todo o Planeta, dois terços são ocupado por oceanos, mares e rios. Porém, somente 3% desse volume são de água doce. Um índice baixo, que se torna ainda menor se for excluído o percentual encontrado no estado sólido, como nas geleiras polares e nos cumes das grandes cordilheiras. Contando ainda com as águas subterrâneas. Atualmente, na superfície do Planeta, a água em estado líquido, representa menos de 1% deste total disponível.

As águas amazônicas representam 68% de todo volume hídrico existente no Brasil. E sua importância para o futuro da humanidade é fundamental. Entre 1970 e 1995 a quantidade de água disponível para cada habitante do mundo caiu 37% em todo mundo, e atualmente cerca de 1,4 bilhão de pessoas não têm acesso a água limpa.

Segundo a Water World Vision, somente o Rio Amazonas e o Congo podem ser qualificados como limpos.

Fonte: Eco 21
Ano XIV - nº 93
www.eco21.com.br

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Água em macro

Um trabalho bem legal de fotógrafos que se inspiraram na natureza e fizeram um trabalho com macro fotografia muito bem trabalhada com gotas de água e seu comportamento na natureza.










segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Iluminação Sustentável

Idéias sustentáveis que fazem a diferença devem ser propagadas. Iluminação a partir de garrafas pet com água reduzem a conta de água de muita gente!


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Investimentos não bastam


Apesar do aumento dos investimentos em obras de saneamento, a qualidade dos rios próximos a grandes centros urbanos do Brasil é má ou péssima. O motivo? O modelo de desenvolvimento escolhido pelo país, afirmam alguns. O Relatório de Conjuntura dos Recursos Hídricos no Brasil – Informe 2011, apresentado no dia 19 de julho, deixou o governo contente.
Em matéria de disponibilidade e qualidade, 90,6% das fontes de água doce apresentam resultados “bons” em nível nacional, afirmou o coordenador do estudo, Ney Maranhão, da Agência Nacional de Águas (ANA). Contudo, visto de outros ângulos, o resultado não resiste a tanto otimismo, afirmaram em entrevista ao Terramérica representantes de organizações ambientais e sociais vinculadas à água. Houve esforços e investimentos. Porém, ainda insuficientes, afirmou Edson Aparecido da Silva, coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental.
O informe diz que no período estudado, 2008-2009, a proporção de água de “boa qualidade” aumentou de 70% para 71%, enquanto a de qualidade “péssima” se manteve em 2%.No entanto, a qualidade “má” de rios, lagos e reservas de água aumentou de 6% para 7%, e a “regular” de 12% para 16%. Em contraposição, a água de qualidade ótima caiu de 10% para 4%.Um copo de água pura e cristalina? Somente em 4% dessas fontes hídricas.
A situação é pior nos rios próximos às regiões metropolitanas, onde a contaminação é atribuída principalmente ao lançamento de esgotos. Cem destes rios estão em situação de terapia intensiva. A água de qualidade má ou péssima encontra-se em grandes cidades e capitais estaduais como São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro, nas regiões Sul e Sudeste, Salvador, no Nordeste, e em cidades médias como Campinas (São Paulo) e Juiz de Fora (Minas Gerais).
Um diagnóstico de mais de 1.700 pontos monitorados revela que várias bacias estão comprometidas devido ao grande lançamento de “esgoto urbano doméstico”, resume o informe. Para Edson, a principal causa da contaminação das águas subterrâneas e superficiais é a falta de tratamento de esgoto e resíduos industriais. O Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento indica que apenas 35% dos esgotos nacionais recebem tratamento. “Ou seja, de todo esgoto despejado, mais de 60% o é in natura, sem tratamento”, disse Edson Aparecido ao Terramérica.
O governo destaca que, entre 2005 e 2009, houve aumento dos investimentos para tratamento de esgoto, principalmente por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no setor de saneamento. “As políticas de saneamento estão dando resultados na melhoria da qualidade da água, mas ainda temos de fazer muito investimento”, admitiu a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, em um encontro com a imprensa estrangeira.
O volume de recursos para obras de saneamento nesse período (US$ 8,354 bilhões) é algo pouco abaixo de 60% da quantia necessária para solucionar o problema, disse a ministra. Edson reconheceu que é um esforço “significativo”. O “Brasil retomou os investimentos e o planejamento no setor, mas é insuficiente para recuperar o tempo perdido”, alertou. O governo teria de abordar o saneamento como uma questão de saúde pública.
“É sabido que onde há água em quantidade e qualidade adequadas, coleta e tratamento de resíduos e banheiros adequados, os índices de internação por doenças vinculadas à água caem muito”, recordou Edson. Para solucionar o problema é preciso aumentar os investimentos, e também voltar a planejar obras e administração de recursos entre operadores públicos e privados, estaduais e municipais.
Para Rogério Hohn, coordenador nacional do Movimento dos Afetados por Barragens (MAB), o informe do governo é a “constatação” do que há muito tempo organizações como a sua denunciam. “A concepção de crescimento econômico é o que causa consequências ao meio ambiente e, portanto, à água”, ressaltou. Fazem parte desse modelo as grandes centrais hidrelétricas – entre outras obras de infraestrutura de enorme magnitude – localizadas precisamente nas principais bacias hídricas, afirmou Rogério ao Terramérica.
Rogério também mencionou o consumo de produtos agroquímicos. O Brasil é o “maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Cada cidadão brasileiro consome, em média, 5,2 litros de agrotóxicos”, afirmou. Segundo ele, o uso desses produtos fertilizantes e pesticidas, especialmente pelo agronegócio, contamina os alimentos e a água no campo que os produz e na cidade que os consome.
O que assustou o sacerdote Nelito Dornelas, assessor da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) no fórum Brasileiro de Mudança Climática, é o governo “se contentar com essa realidade que confirma oficialmente o que vínhamos dizendo”. Nelito destacou que o Brasil possui 12% da água potável do mundo, da qual 80% está na selva amazônica, onde também se começa a perceber os efeitos da contaminação hídrica de regiões industrializadas que parecem distantes, como as do Sul e Sudeste do país.
“Toda chuva que cai no Sudeste, por exemplo, se forma na Amazônia, e nosso medo é que já esteja caindo também chuva tóxica”, disse o sacerdote ao Terramérica. No Mato Grosso, na região Centro Oeste, “a chuva contaminada já começa a prejudicar a saúde das pessoas”, afirmou. Para ele, “o que de fato contamina a água é a matriz de produção que o Brasil escolheu, que não é pura nem correta”.
Nesse sentido mencionou a contaminação do Aquífero Guarani, uma das maiores reservas subterrâneas de água do mundo, cujos 850 mil quilômetros quadrados incluem o centro-sul do Brasil, nordeste argentino e partes do Uruguai e Paraguai. Um estudo, divulgado em abril pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo e por outros órgãos estaduais, alerta que depósitos de lixo irregulares e os agrotóxicos usados nos cultivos da cana-de-açúcar ameaçam o Aquífero.
Precisamente por “estar localizado no paraíso do agronegócio, que é a região Sudeste, onde se usa uma enorme quantidade de agrotóxicos”, observou Nelito. Para reverter a contaminação é preciso mudar o modelo de desenvolvimento, e, sobretudo, “o paradigma”, ressaltou. Para isso se valeu dos “sete pecados capitais dos tempos modernos”, definidos pelo líder nacionalista e pacifista indiano Mahatma Gandhi (1869-1948): “Riqueza sem trabalho, prazer sem escrúpulos, comércio sem ética, ciência sem humanidade, conhecimento sem sabedoria, política sem idealismo, religião sem sacrifício”.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Alerta criativo ao desperdício de água

A Sukle dos EUA criou uma ação de guerrilha simples e criativa para lembrar aquilo que todo mundo sabe, mas quase ninguém faz: controlar o gasto de água na hora de cuidar do jardim ou quintal.
Para mostrar na prática quanto as pessoas exageram na hora de usar a água, os criativos fizeram comparações inusitadas. Nos hidrantes, máquinas de jornal e no banco do parque gigante o texto dizia “quantidade de água que você gasta no seu gramado” e na versão menor “quanto você realmente precisa. Use apenas o necessário”.
Será que essa campanha funcionaria no Brasil?