quinta-feira, 28 de abril de 2011

Água poluída mata mais do que todos os tipos de violência, alerta ONU

O consumo e o uso de água não tratada e poluída matam mais do que todas as formas de violência, segundo relatório divulgado hoje (22), no Dia Mundial da Água, em Nairóbi, no Quênia, na África. O documento intitulado Água Doente foi elaborado pelo Programa para o Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep, na sigla em inglês). O estudo afirma que pelo menos 1,8 bilhão de crianças com menos de 5 anos de idade morrem por ano em decorrência da "água doente" - o que representa uma morte a cada 20 segundos. Por isso, alerta para a necessidade de adoção de medidas urgentes.

De acordo com o relatório, as populações urbanas deverão dobrar de tamanho nas próximas quatro décadas. A projeção é que os números subam dos atuais 3,4 bilhões para mais de 6 bilhões de pessoas. Nas grandes cidades já há carência de gestão adequada das águas residuais em decorrência do envelhecimento do sistema, de falhas na infraestrutura ou de esgoto insuficiente.

"Isso significa que mais pessoas agora morrem [por causa] de água contaminada e poluída do que de todas as formas de violência, inclusive guerras. A água contaminada é também um fator chave no aumento de vidas vegetais e animais mortas em mares e oceanos de todo o mundo", diz o documento, informando que 2 bilhões de toneladas de resíduos são jogadas em águas de todo o mundo por ano.

Segundo o documento, substâncias que compõem um poluente de águas residuais, como nitrogênio e fósforo, podem ser úteis na produção de fertilizantes para a agricultura. O alerta é acompanhado pela informação de que 10% da população mundial consomem alimentos alimentos cultivados com águas residuais para irrigação e adubação.

"É um desafio que vai aumentar, pois o mundo sofre rápida urbanização e industrialização, além de crescente demanda por carnes e outros alimentos, a não ser que se tomem medidas decisivas", adverte o estudo.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Uso racional de água em escolas é assunto em seminário na USP

O engenheiro Flávio Scherer elaborou orientações para reduzir o consumo de água em escolas públicas localizadas no meio urbano. Em seu mestrado "Uso racional da água em escolas públicas: diretrizes para Secretarias de Educação", defendido na Poli - Escola Politécnica da USP - Universidade de São Paulo, o pesquisador verificou que o envolvimento de Secretarias de Educação com um Programa de Uso Racional da Água (Pura) é viável e já ocorre em Joinville, em Santa Catarina, com bons resultados na economia.

Há três tipos de ações que podem ser empregadas para reduzir o desperdício: as sociais, que envolvem práticas educativas; as de utilização de tecnologias, foco principal do estudo, (como torneiras economizadoras, torneiras com arejadores ou bacias sanitárias de volume de descarga reduzido, com caixa acoplada de seis litros, ou com válvula de ciclo fixo de seis litros); e as de ordem econômica, relacionadas às tarifas da concessionária do serviço de distribuição de água.

Scherer fez um levantamento da situação das escolas brasileiras que desenvolvem programas de combate ao desperdício da água e verificou que a maioria dos projetos estão concentrados em instituições de ensino superior, vinculados à pesquisa dessas entidades, dentre elas o Programa de Uso Racional da Água (Pura) da USP. "No entanto, a cidade de Joinville mantém um Programa de Uso Racional da Água em todas as escolas públicas de educação básica e é um exemplo de que este tipo de iniciativa pode ser aplicada", constatou.

Depois de observar o programa catarinense, o pesquisador descreveu as características físicas e funcionais de três escolas estaduais de Curitiba, no Paraná, os hábitos dos usuários e os principais problemas, e elaborou as diretrizes. "Desenvolvi a pesquisa no Paraná, mas a idéia é que ela sirva para Secretarias de Educação de outros lugares. Procurei ser o mais abrangente possível", comenta.

"Um primeiro passo, é analisar as características do sistema hidráulico predial. A maioria dessas escolas foram construídas há mais de 30 anos e estão defasadas em tecnologia. Muitas ainda têm tubulações de ferro galvanizado, que podem apresentar vazamentos, acarretando um baixo desempenho do sistema", explica o pesquisador.

A partir da análise, é possível corrigir vazamentos e escolher o equipamento mais adequado. O engenheiro atenta para o fato de que o vandalismo é um item relevante na conservação dos sistemas sanitários de escolas públicas. Por isso, devem ser escolhidas peças mais resistentes ou que possam não ser objeto de roubo ou de depredação. E é fundamental um trabalho de conscientização da comunidade escolar.

Um outro passo é a capacitação dos funcionários das escolas. "É preciso trabalhar a formação dos diretores, que são peças chave. São eles que vão fiscalizar e cuidar para que o programa tenha sucesso. E os funcionários e zeladores que vão dar manutenção aos equipamentos também devem receber capacitação."

Após implementadas, as diretrizes devem ser revistas, já que devem se adequar às realidades locais. "Trata-se de um processo contínuo, com a intenção de que os investimentos sejam feitos da melhor forma e haja um retorno do que se investiu".


Potencial da economia

No Brasil, segundo dados do Inep - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, as escolas públicas totalizam a maior parte dos estabelecimentos escolares, com 179.935 edificações, sendo que 73.404 encontram-se no meio urbano. "O potencial de economia de água nessas edificações é bastante expressivo", afirma o pesquisador.

Segundo Scherer, uma vantagem de se implantar um Programa de Uso Racional da Água em escolas é que práticas educativas podem ocorrer associadas às implementações tecnológicas. "A preservação dos recursos hídricos é um tema que pode ser discutido em várias áreas do conhecimento, e contribui para a formação crítica dos estudantes, que podem atuar como multiplicadores", explica.

O estudo prioriza escolas públicas, pois as particulares, muitas vezes, já possuem um programa de uso racional da água, buscando a economia de recursos. Além disso, Scherer se ateve ao meio urbano, onde, em geral, o problema da escassez é mais grave. "Temos um potencial muito grande para desenvolver e precisamos adotar medidas urgentes no combate ao desperdício de água. Espero que as Secretarias de Educação usem o estudo", conclui.

fonte: http://amaivos.uol.com.br/amaivos09/

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Tratamento da água

Muito se fala e exige em água tratada. Mas você sabe exatamente como acontece esse tratamento?

Tratamento de Água é um conjunto de procedimentos físicos e químicos que são aplicados na água para que esta fique em condições adequadas para o consumo, ou seja, para que a água se torne potável. O processo de tratamento de água a livra de qualquer tipo de contaminação, evitando a transmissão de doenças.

Numa estação de tratamento de água, o processo ocorre em etapas:

- Coagulação: quando a água na sua forma natural (bruta) entra na ETA, ela recebe, nos tanques, uma determina quantidade de sulfato de alumínio. Esta substância serve para aglomerar (juntar) partículas sólidas que se encontram na água como, por exemplo, a argila.

- Floculação - em tanques de concreto com a água em movimento, as partículas sólidas se aglutinam em flocos maiores.

- Decantação - em outros tanques, por ação da gravidade, os flocos com as impurezas e partículas ficam depositadas no fundo dos tanques, separando-se da água.

- Filtração - a água passa por filtros formados por carvão, areia e pedras de diversos tamanhos. Nesta etapa, as impurezas de tamanho pequeno ficam retidas no filtro.

- Desinfecção - é aplicado na água cloro ou ozônio para eliminar microorganismos causadores de doenças.

- Fluoretação - é aplicado flúor na água para prevenir a formação de cárie dentária em crianças.

- Correção de PH - é aplicada na água uma certa quantidade de cal hidratada ou carbonato de sódio. Esse procedimento serve para corrigir o PH da água e preservar a rede de encanamentos de distribuição.


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